A viagem até Praga

01-08-2018

Bem, deves estar a questionar-te porque é que só escrevo em agosto sobre a viagem que fiz em março, a resposta é simples, nunca antes me tinha ocorrido começar um blog mas comecei e como gosto muito de viajar achei interessante escrever sobre isso. Poderei escrever também sobre outros assuntos conforme a inspiração para tal. Não escapando ao assunto que te traz aqui... Eram umas três da tarde quando regressamos a Schiphol, o voo era só às seis da tarde mas como estávamos estafados fomos para o aeroporto esperar o avião ao invés de ficar em Amesterdão. Ao chegar ao aeroporto fomos arrastando os nossos corpos até à porta de embarque, que para meu agrado era outra vez uma ponte telescópica. A noite anterior em branco deixou-nos de tal forma cansados que estava já começar a "chocar" uma gripe, por sorte viajava acompanhado de quatro mulheres, o que é sinónimo de uma farmácia ambulante. Tomei um comprimido e deitei-me nos bancos de espera. Estávamos a dormir à vez, não fosse o avião chegar e ninguém estar acordado para o apanhar. Quando o avião chegou formamos a fila de espera e o embarque até foi rápido pois havia poucas pessoas em primeira classe, uma delas era o Miguel, que por algum motivo que desconhecemos ainda hoje não tinha lugar atribuído no avião e foi colocado em primeira classe por causa do "incomodo causado". Nós, os outros, ficamos mesmo na cauda do avião, sem puder inclinar as cadeiras para trás, quem me dera ter inclinado a cadeira para poder dormir um pouco. O avião da Czech Airlines era muito moderno e antes de descolar houve os avisos iniciais mas num ecrã que se encontrava sobre as nossas cabeças. As luzes na cabine foram apagadas, apenas estando ligados os monitores que mostravam o trajeto, a altitude a que voávamos, a velocidade e a distancia a que nos encontrávamos de Praga. A meio do voo, sobrevoando a Alemanha a Joana que dormia mesmo ao meu lado acordou sobressaltada, olhou pela janela e grito "Já aterramos!", eu dizia que não, e ela teimava que já estávamos em solo checo, sempre ouvi dizer que não se contradizem os malucos, por momentos até pensei que a Joana tinha caído na tentação de experimentar algum tipo de droga mas esqueci logo essa hipótese pois elas tinham receio de experimentar essas coisas no estrangeiro, no entanto tive que apontar para o monitor para lhe mostrar que não e ela voltou a dormir. Que jeito me deu aquele monitor, foi a minha única companhia naquela viajem de duas horas entre Amesterdão e Praga. Começamos a sobrevoar finalmente a capital da Republica Checa e portanto fui acordando as quatro Belas Adormecidas ao meu lado. Como era de noite não conseguimos vislumbrar a cidade pelo ar, apenas via-mos luzes, muitas luzes. Nem demos conta de o avião ter aterrado, foi um voo tão pacato e a aterragem foi excelente! Para meu azar dirigimos-nos para o terminal de autocarro, um autocarro que parecia grande mas estava bastante apertado lá dentro. Fomos buscar as malas o que nos demorou cerca de trinta minutos, já estávamos a desesperar quando elas finalmente apareceram. Ao ver umas caixas ATM fomos logo ver se era possível levantar Coroas Checas mas por algum motivo não o fizemos logo no aeroporto, e ainda bem. Levantar dinheiro num pais estrangeiro sai muito mais barato numa caixa multibanco num banco. Subimos umas escadas e demos logo com o motorista do trasfer, tinha uma placa com o meu nome escrito, dirigi-me a ele e o senhor perguntou se eu era o "Mr. Morgado" eu disse que sim e fomos então para a sua carrinha. Era um homem que aparentava ter os seus vinte e cinco anos. As raparigas iam dentro da carrinha a filmar instastories a pedir ajuda, com medo de ser raptadas pois achavam que o sujeito nos ia raptar, (Obrigado à PSP que meteu essas ideias na cabeça das moças). Estávamos realmente a estranhar a demora para chegar até Praga, o aeroporto fica muito longe da cidade. Passamos um tunel e lá estava ela, separada de nós apenas pelo rio Moldava, brilhante, a capital da Bohemia. Mais uns minutos de viagem e chegamos ao Hotel Merkur, onde ficamos hospedados durante as três noites nesta cidade. Bem localizado, numa ponta da cidade, perto do centro e de uma rua cheia de restaurantes, onde se localiza o centro comercial Paladium, a Na Poříčí. Ao chegar ao hotel instalamo-nos no quarto e apenas eu e a Joana fomos jantar ao Mc Donald's (durante esta viagem nós demos tanto dinheiro a esta companhia que merecemos, no mínimo, batatas fritas de graça durante um ano). Era a cinco passos do hotel e tivemos a nossa primeira experiência a pagar um produto numa moeda diferente da nossa. Acabamos de jantar e fomos logo dormir.

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